A Câmara Municipal de Porto Velho realizou nesta terça-feira (16/03), a pedido da vereadora Mariana Carvalho (PSDB), uma sessão solene em homenagem aos 200 anos da presença judaica na Amazônia.
Durante a solenidade muitas homenagens foram feitas aos judeus. O ato contou com a presença do presidente do Centro Judaico do Estado de Rondônia, Cícero Adson e representantes de famílias judaicas como Bennesby, Castiel, Ellarrat e Hazan. Dentre os convidados ilustres, de descendência judaica, estavam o promotor de Justiça Cláudio Wolf, o professor Abraão Jacob, Messody Benesby, Hiran Castiel, Jorge Alberto Ellarrat e José Elarrat. Todos os familiares judeus convidados receberam um certificado de reconhecimento.
Para a vereadora Mariana Carvalho, “os descendentes dos imigrantes, respeitando a cultura e a memória de seus ancestrais, além de honrar suas tradições e raízes, muito têm contribuído para o desenvolvimento da Amazônia, em geral, e de Porto Velho, em particular, com seus talentos nas áreas empresarial, cultural, artística, científica, acadêmica e tantos outros segmentos importantes da sociedade, entre os quais a política e administração pública”.
Mikael Esber, presidente da Colônia Libanesa de Rondônia prestigiou a solenidade com sua presença, saudando da tribuna a comunidade judaica de Porto Velho e parabenizando a vereadora Mariana Carvalho, pela justa iniciativa.
Emocionado com a homenagem, Cícero Adson agradeceu a indicação da vereadora Mariana Carvalho, sua colega de faculdade, e o apoio de todos os vereadores da Câmara, lembrando que o bicentenário da imigração judaica na Amazônia acontece no momento em que o Congresso Nacional sanciona a lei que estabelece o “Dia Nacional da Imigração Judaica” – dia 18 de março. “A Câmara Municipal de Porto Velho é a primeira do país a prestar essa homenagem, antecipando em dois dias esta solenidade. O Brasil foi e continua sendo uma nação acolhedora e, por isso, realmente temos o que comemorar”, afirmou o presidente do Centro Judaico do Estado de Rondônia.
José Elarrat, um autêntico membro da Comunidade Judaica em Porto Velho, ao usar a tribuna, saudou os presentes com a frase “Shalom Male” e em seguida fez um breve relato da presença judaica no Brasil e na Amazônia, afirmando que a comunidade é de judeus por descendência ou por religião, mas que todos se sentem brasileiros, já que ao longo dos anos criaram raízes no país que tão bem os acolheu e a quem aprenderam a amar, respeitar e servir.
A historiadora Nilza Menezes, primeira historiadora a realizar um trabalho científico sobre a presença da comunidade judaica em Porto Velho, fez um pequeno relato sobre a presença dos povos judeu na Amazônia. Segundo a pesquisadora, a comunidade chegou a Porto Velho bem antes de 1912, época em que chegaram os primeiros desbravadores e imigrantes da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. “Antes dos registros documentais, encontrados a partir de 1912, há indícios de que já havia judeus estabelecidos em Santo Antônio”, ressaltou.
SRAM - Assessoria de Imprensa
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