Capa da Edição de Pessach da Revista Amazônia Judaica* |
A particularidade da narrativa do Êxodo do Egito: o longo e árduo caminho entre a estreiteza física e espiritual, aqui representada pela escravidão no Egito ( Mitzraim= lugar estreito) para a liberdade e a volta à Terra da Promissão ( aqui também em seu duplo sentido), como fato que nos leva a renovar as esperanças na gueulá ( salvação), é certamente o ethos de fundação nacional do povo judeu.
Porém é intrigante. à primeira vista, pensar que um povo tenha como ponto de partida de sua configuração como nação, o fato de um dia ter sido escravo...Mas sabemos o que isto traz como mensagem e ensinamento: torna o povo judeu um amante incorrigível da liberdade.
Talvez , seja esta a maior das várias lições a se tirar de Pessach: amar a liberdade a qualquer preço. Porém cabe o alerta: o Pessach( a passagem, o saltar por cima), só se tornará Chag Cherut( Festa da Liberdade), quando tomarmos verdadeira consciência de que esta liberdade da qual nos fala e lembra o Pessach, não é só nossa, de cada um de nós judeus e do povo judeu. A esperança contida na menssagem só tem sentido quando tal liberdade for concretamente a liberdade de todo o gênero humano.
O povo de Israel não foi escolhido, para ser apenas um guardião desta esperança, mas também de uma outra missão , quiçá ainda mais significativa, e que subentende um outro imperativo, o da justiça a ser sempre perseguida e praticada. - "Tzedek tzedek tirdof", dizem nossos sábios.
Não há ensinamento que não prescinda de exemplo. Não poderá ensinar aquele que não pratica - não sobrevive a teoria sem sua prática efetiva.
Pessach Kasher Vessameach
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